Acumulamos mais de 20 anos de experiência acompanhando as constantes mudanças legislativas e práticas de regularização imobiliária em São Paulo (SP). Nesse período, as normas urbanísticas, códigos de obras e exigências legais passaram por diversas atualizações, tornando a regularização de imóveis um desafio técnico que exige conhecimento especializado.
Contar com uma equipe experiente faz toda a diferença para navegar a burocracia de licenças e alvarás, garantindo que imóveis comerciais atendam a todos os requisitos legais. Em um mercado competitivo e altamente fiscalizado como o de São Paulo, a experiência técnica em regularização não é apenas um diferencial, é uma necessidade para evitar riscos e manter os negócios em conformidade. Veja aqui como escolher o parceiro ideal.
Nesta perspectiva, este artigo traz um panorama atual da regularização imobiliária na cidade (entre 2023 e 2025) e um guia prático das principais licenças necessárias para o funcionamento de estabelecimentos comerciais. Abordaremos dados recentes sobre volume de licenças e imóveis regularizados, as licenças mais solicitadas em SP, um checklist das principais autorizações (como Alvará de Funcionamento, Habite-se, Certificado de Acessibilidade, AVCB, Licença Ambiental, entre outras) e as leis municipais recentes que têm facilitado a regularização de imóveis comerciais.
Panorama Atual da Regularização em São Paulo
São Paulo vive um momento importante no que tange à regularização imobiliária. Nos últimos anos, a Prefeitura implementou programas de anistia e regularização de edificações que resultaram em números expressivos de imóveis legalizados. Desde a entrada em vigor da Lei de Regularização de Edificações (Lei 17.202/2019) – popularmente chamada de Lei de Anistia –, mais de 212 mil imóveis foram regularizados até o final de 2023, um resultado histórico em comparação à anistia anterior de 2003, que alcançou cerca de 93 mil imóveis.
Esse avanço representa mais que o dobro do obtido na legislação passada e reflete o esforço da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) em desburocratizar e simplificarr a vida do munícipe, beneficiando tanto residências quanto comércios. Para se ter ideia da dimensão do desafio, estimava-se no início da lei que até 750 mil imóveis na capital estavam em situação irregular e poderiam ser regularizados. Ou seja, apesar do progresso, ainda há centenas de milhares de propriedades que dependem de adequações e processos administrativos para se tornarem totalmente legais perante o município.

Outro dado relevante é a prorrogação dos prazos para regularização nos últimos anos. Considerando as dificuldades trazidas pela pandemia de Covid-19, a Prefeitura sancionou leis que estenderam o período para solicitar a regularização de imóveis: primeiro até 31 de dezembro de 2023 (Lei nº 17.771/2022) e, posteriormente, até 31 de dezembro de 2024 (Lei nº 18.062/2023).
Mais recentemente, foi confirmada nova prorrogação até 31 de dezembro de 2025 por meio da Lei nº 18.209/2024. Essas extensões visam dar mais oportunidade aos proprietários regularizarem seus imóveis, evitando penalidades e promovendo a conformidade legal. Até o final de 2024, já eram mais de 222 mil imóveis regularizados desde 2019 – número que tende a crescer com o prazo adicional em 2025.
Paralelamente, nota-se um aumento na fiscalização municipal de imóveis irregulares e estabelecimentos sem licenças em São Paulo. Operar um negócio sem os devidos alvarás e certificados pode acarretar notificações e, se não houver regularização dentro do prazo, multas pesadas.
De acordo com especialistas, órgãos municipais (e até estaduais, como o Procon) têm poder para impor penalidades significativas a empresas sem Alvará de Funcionamento, com multas que podem aumentar em caso de reincidência. Além do impacto financeiro, a persistência na irregularidade pode levar ao fechamento compulsório do estabelecimento.
Ou seja, a tolerância com a falta de licenças está cada vez menor – a prefeitura notifica, multa e pode até lacrar empresas fora da lei. Para evitar esses riscos, é essencial que empresas busquem a regularização completa de seus imóveis e atividades. Vale lembrar que funcionar sem Alvará ou outros documentos obrigatórios é estar sempre sob o risco de interrupção das atividades, com prejuízos que superam em muito os custos de se regularizar.
Resumindo o panorama atual: há uma demanda crescente por regularização imobiliária em São Paulo, impulsionada tanto por programas de anistia bem-sucedidos quanto por uma fiscalização mais rigorosa. O período de 2023–2025 trouxe flexibilizações de prazo e melhorias processuais, ao mesmo tempo que reforçou a necessidade de cumprimento das regras. Quem possui ou opera um imovel comercial na cidade deve estar atento a esse cenário dinâmico, buscando manter suas licenças em dia para evitar multas e aproveitar um ambiente de negócios cada vez mais formalizado.
Checklist das Principais Licenças para Estabelecimentos Comerciais
Abaixo apresentamos um checklist prático com as principais licenças necessárias ao funcionamento legal de um estabelecimento comercial em São Paulo. Para cada item, há uma breve explicação:
- Alvará de Funcionamento: Licença básica emitida pela Prefeitura que autoriza a empresa a operar no local. Confirma que a atividade econômica é compatível com o zoneamento e que foram cumpridos os requisitos iniciais (como documentação da empresa, do imóvel e eventuais vistorias prévias). É obrigatório para qualquer negócio com atendimento físico ao público.
- Auto de Conclusão (Habite-se): Certificado de conclusão da obra, emitido pela Prefeitura, atestando que o imóvel foi construído ou reformado conforme as normas vigentes e está próprio para uso. Popularmente chamado de Habite-se, é essencial para imóveis novos ou que passaram por ampliações.
💡Dica: Verifique se o imóvel possui Habite-se antes de alugar ou comprar para fins comerciais.
- Certificado de Acessibilidade: Documento emitido pela Prefeitura que comprova que a edificação está adaptada às normas de acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, conforme exige o Código de Obras municipal. Geralmente obtido após reformas de adequação (instalação de rampas, banheiros acessíveis, sinalizações táteis, elevadores, etc.).
- AVCB – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros: Certificado emitido pelo Corpo de Bombeiros do Estado garantindo que o imóvel atende às exigências de segurança contra incêndio (sistema de extintores, saídas de emergência, iluminação e alarme, sprinklers se aplicável, etc.). Possuii validade (normalmente de 1 a 5 anos, dependendo do tipo de uso e área) e deve ser renovado antes do vencimento.
💡Dica: Sem um AVCB válido, o estabelecimento corre risco de interdição imediata em caso de fiscalização, devido ao perigo à vida humana. Portanto, mantenha os equipamentos de combate a incêndio revisados e treine a equipe para emergências, garantindo a renovação do AVCB dentro do prazo.
- Licença Ambiental: Autorização necessária para empresas cujas atividades possam gerar impacto ambiental (poluição ou uso de recursos naturais). Pode englobar Licenças Prévia, de Instalação e de Operação emitidas pela CETESB ou órgãos municipais, conforme o porte do empreendimento. Operar sem ela pode resultar em multas ambientais e embargos, então busque orientação de um consultor ambiental se houver dúvida.
- Licença (Alvará) Sanitária: Permissão concedida pela Vigilância Sanitária Municipal para empresas da área de alimentos, saúde, estética, terapias ou outras que influenciam na saúde pública. Confirma que o estabelecimento cumpre as boas práticas de higiene, armazenamento, controle de pragas e demais requisitos sanitários.
- Outras Licenças Específicas: Dependendo do ramo de negócio, podem ser exigidos documentos adicionais. Por exemplo, atividades em imóveis tombados requerem aprovação de órgãos de patrimônio. Portanto, é importante identificar as particularidades do seu setor e do imóvel.
Manter esse checklist em mente ajudará a garantir que seu estabelecimento comercial atenda a todos os requisitos legais antes de abrir as portas e durante a operação. A regularização completa traz tranquilidade ao empreendedor, evitando interrupções forçadas das atividades e fortalecendo a imagem de um negócio responsável e conforme as normas.

Se quiser entender melhor o que faz uma empresa de regularização imobiliária, explicamos aqui neste artigo.
A regularização imobiliária em SP é um campo em constante evolução, impactado por mudanças legais e iniciativas governamentais que buscam organizar a cidade sem sufocar o desenvolvimento econômico. Para o público empresarial, estar por dentro desse assunto é essencial. Um imóvel comercial regularizado significa:
- Operações seguras
- Continuidade do negócio sem sustos jurídicos
- Valorização do patrimônio.
Já a irregularidade implica risco de multas, interdições e perda de investimento.
Conforme vimos, São Paulo registrou avanços expressivos em 2023–2025, tanto em números de imóveis regularizados (ultrapassando 200 mil unidades) quanto em atualização de normas que flexibilizam e agilizam processos.
Entretanto, a jornada de regularização requer atenção a uma gama de licenças – do Alvará de Funcionamento ao AVCB, do Habite-se às licenças setoriais. Apresentamos um panorama e um checklist dessas exigências, mas cada empreendimento tem suas particularidades. Por isso, planejamento e assessoria técnica continuam sendo aliados valiosos: antecipar a documentação necessária, adequar o imóvel às leis e acompanhar as mudanças legislativas permite que a empresa foque em crescer, atendendo seu público, enquanto se mantém 100% dentro da legalidade.
Com conhecimento, estratégia e as parcerias certas, a tarefa de regularizar imóveis comerciais deixa de ser um obstáculo e se torna parte natural do ciclo de crescimento das empresas na maior cidade do Brasil.
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